Olho através da varanda, milhares de prédios espalhados, ruas estas que nunca sentiram o sabor do silêncio calado.
Casas com gente, casas vazias, luzes acessas, luzes escondidas, pessoas com histórias, pessoas com vida e até mesmo, pessoas sem vida.
Esse lugar, faz perceber que o silêncio habita, mesmo com o barulho sendo o rumo de muitas vidas.
E esse clima, remete saudades, de um tempo não muito passado, mais de um tempo, que foi uma verdadeira eternidade.
Um tempo onde tudo parecia mais calmo e sensato, de um lugar, onde tudo parecia mais possível e realizável.
Lágrimas, escorrem e descem na mesma velocidade daquele pássaro com vôo alto. Aquele pássaro, para onde vais? Não se sabe, parece tão perdido e desnorteado.
Já é tarde, é tempo de partir. Morre-se mais um dia, para o que o amanhecer traga, a esperança do proseguir da vida.
Kariny Couto
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