Algo

Tarde chuvosa, céu escuro, ruas molhadas e o frio estampado no rosto dos que caminhavam
Saíra sem destino algum, na esperança de um encontro, de um momento e de um espaço
Caminhava lentamente, sentia o vento forte bater no rosto a cirlular por todo o corpo

O frio intenso congelava os pensamentos, como se tudo terminasse naquela hora e lugar
Senta-se, recolhe-se a uma mesa, se tudo acabasse ali, morreria em sua própria companhia
Cadeiras e mesas vazias, esperavam por caminhantes, que nem despetaram para lugares assim

Uma beleza única, retratos, imagens, cores, brilhos, luzes, flores, livros, música, arte
O que tinha de solitário nisso, claro que não tinha nada, era uma companhia, mas não era a sua
Não estava em solidão, carregava consigo as belezas mais divina e coloridas da vida

E naquele instante de segundo dar-se conta de que nada acabará, que nada terminará
Mas que havia ar, havia voz, havia sentimento, havia uma vida e um coração batendo
Havia a presença de algo que transformará a solidão na mais brilhante das companhias.

Kariny Couto

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