Levanto e escuto, o abrir da porta, o som que toca e a sirene que acorda
Na casa, o cachorro late, um homem rebate e uma moça parte
Na rua, o cara xinga, o motorista briga e a criança grita
O tempo passa, a moça encara, uma grande zoada
No trabalho, é muita fala, o telefone não para, que agonia danada
As pessoas passam, olham pros lados, reunião é lançada
Chega a tarde, é tumulto ao lado, confusão formada
O tempo passa, a moça encara, uma grande zoada
Início da noite, o corpo range, a mente zanza e o coração sonambulo
Na rua, criança dorme, gente que corre, pra chegar na morada
Já é jantar, e no seu lugar, mais um retrato, que dia cansado
O tempo passa, a moça encara, uma grande zoada
Cade o silêncio, porque não grita, porque não late e nem rebate
Cade o silêncio, faz tumulto, faz zoada e diz algo
Vem silêncio para encarar essa agonia gerada.
O tempo passa, a moça encara, o silêncio diário.
Kariny Couto
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